Uma das principais preocupações de
quem pretende fazer uma cirurgia plástica é a cicatrização da pele. Afinal, a
formação de um quelóide ou cicatriz hipertrófica pode comprometer o resultado
final da cirurgia tão desejada. A cicatriz
surge com o processo natural de cura de ferimentos na pele denominado
cicatrização e tende a ser fina, mantendo o relevo da pele tornando-se quase
imperceptível.
Quando existi um desequilíbrio entre
a produção e a degradação (destruição) de fibras colágenas o processo de
cicatrização tende a determinar uma cicatriz hipertrófica ou um queloide. Este
processo pode causar dor importante associado à coceira intensa juntamente com
outros transtornos físicos, que somados acabam afetando a qualidade de vida desta
pessoa.
CICATRIZ HIPERTROFICA: também chamada de cicatriz alargada, são elevadas, tensa, avermelhadas,
apresentam prurido ( coceira ), mas não ultrapassam os limites da lesão e
tendem a regressão ou melhora do quadro após tratamento
QUELÓIDE: são
elevadas, disformes, apresentam prurido, dolorosa, cor violeta ou escura,
ultrapassam os limites da lesão, alta tendência a recidiva após tratamento.
Múltiplos fatores podem influenciar
no aparecimento destas lesões: como fatores étnicos ( negros e orientais ),
Hereditariedade, Idade ( mais jovens ),
Fatores locais ( ombro, tórax , pescoço e face ).
Existe diversos tratamentos que visam
melhorar estas alterações cicatriciais, sendo de extrema importância serem
realizados e indicados por um especialista. Cada caso apresenta sua
individualidade determinando uma indicação precisa e única, estes tratamentos
são relacionados abaixo:
·
COMPRESSÃO:
utiliza malhas elásticas, visando determinar uma compressão o que ira gerar uma
hipóxia da célula reduzindo a proliferação e a síntese de colágeno, diminuindo
a espessura da cicatriz
·
TIRA
DE SILICONE: mesmo sistema das malhas, visa melhorar a hipertrofia por
compressão da cicatriz.
·
CORTICÓIDE
INTRALESIONAL: injeção dentro da lesão com corticóide inibindo a ação do
colágeno, o que ira diminuir a espessura da cicatriz.
·
ELETROTERAPIA: Campos elétricos podem reduzir o volume do
quelóide e de cicatrizes hipertróficas e
diminuem a vermelhidão, coceira e dor das mesmas.
·
Criocirurgia — é um
excelente tratamento para queloides pequenos e que ocorrem em pele pouco
pigmentada. A pele é congelada e ocorre redução da circulação subjacente.
·
LASER:
tem mostrado resultados promissores para cicatrizes hipertróficas.
·
RADIOTERAPIA: chamada de BETATERAPIA, tem a finalidade de
irradiar uma ferida tentando igualar o desequilíbrio entre a síntese e a
degradação do colágeno. Deve ser iniciada no 1° dia pós cirurgia com bons resultados
estéticos.
·
Novos
tratamentos — O uso de drogas destinadas ao tratamento de outras
moléstias (interferon-alfa, 5-fluoruracil, bleomicina e Imiquimod), tem se
mostrado promissor no tratamento de quelóides.
·
CIRURGIA:
é o tratamento mais eficaz para lesões grandes e que não responderam
satisfatoriamente ao tratamento clínico, mas requer grandes
cuidados pré e pós-operatórios. Existindo cerca de 45% de probabilidade de
recorrência após a cirurgia. Ela sempre deve ser associada a um tratamento
coadjuvante visando aumentar os seus indice de sucesso, normalmente o mais
utilizado é a BETATERAPIA.
O queloide hoje é um grande problema
que assusta muitas pacientes que possuem algum tipo de fator predisponente,
deixando-as em duvida de fazer ou não uma cirurgia plástica. No entanto
converse com seu médico que ele ira lhe explicar todos os pros e contras e lhe
apresentar, diversas armas de tratamentos que podemos usar para prevenir ou
amenizar a sua formação.
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